Boeing faz nova proposta, Embraer e Governo despertam interesse


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Após as negociações pela compra da Embraer pela Boeing esfriarem no final de janeiro, diante da negativa do presidente Michel Temer - o político afirmou que vetará a transação do controle entre as empresas caso o negócio seja confirmado - um novo capítulo fez com que o acordo chegasse mais próximo de um desfecho.

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Segundo informações apuradas pelo Valor Econômico, a empresa norte-americana apresentou, na última semana, um projeto de compra que prevê a aquisição de 80% a 90% da aviação comercial da Embraer - ou seja, assumiria o controle do setor. Uma nova companhia, independente, seria criada e administraria todas as aeronaves de passageiros da fabricante, seja os jatos comerciais ou particulares. Os 10% ou 20% restantes ficariam sob o controle da Embraer, que embora perca a gerência sobre os rumos da parte comercial, receberá os dividendos correspondentes a essa porcentagem dos resultados.

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Um ponto crucial da negociação ficou por conta de sua divisão militar, algo que estava nos planos da aquisição. De acordo com a reportagem, o governo brasileiro "insiste" que essa parte fique sob seu controle, o que foi aceito na nova proposta da Boeing e que pode afrouxar a resistência do governo contra a venda.

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Para o acordo ser concretizado, uma longa caminhada deve ser realizada pelas três partes de interesse no negócio: Boeing, Embraer e governo. Por parte da fabricante estadunidense, uma proposta mais detalhada deve ser elaborada e enviada, com a expectativa de aceitação tanto do governo quanto da Embraer. Caso ambas de fato concordem, a proposta deve ser levada para uma assembleia de acionistas da empresa brasileira, que decidirão pela aprovação ou não da compra (um dos envolvidos afirmou ao Valor que isso deve acontecer só no segundo trimestre).

Divulgação/ Embraer
Permanência da divisão militar da Embraer teria sido bem vista pelo governo; na foto, um KC-390 da fabricante
Permanência da divisão militar da Embraer teria sido bem vista pelo governo; na foto, um KC-390 da fabricante


Em caso de conclusão da compra, a maior parte do dinheiro da venda deverá ser repartido pelos acionistas da empresa, com o restante sendo destinado à área de defesa. A estrutura acionária da Embraer seria mantida, com o golden share preservando seu direito a veto. A parceria com a empresa sueca Saab, que prevê a criação e desenvolvimento de caças brasileiros, também deve permanecer ativa, ponto que deve auxiliar na busca de uma aceitação do governo.

Vale lembrar que o setor militar da fabricante brasileira, único a ser preservado, alcançou uma receita de R$ 3,2 bilhões nos últimos 12 meses; o lucro operacional, porém, ficou próximo de zero.

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Já a parte de aviação comercial fechou o mesmo período com um lucro operacional de R$ 1,9 bilhão, 16% de sua receita, que ficou em R$ 11,5 bilhões. O setor de jatos particulares, que também deve ser aderido pela Boeing, teve lucro operacional de R$ 8 milhões, vindos de uma receita total de R$ 4,8 bilhões.


*Fonte: Valor Econômico conteúdo original: http://bit.ly/2GU9wzi

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